Antes de tudo, vamos explicar o que são, afinal, as fake news. O termo é usado para se referir a boatos que são publicados, em sua grande maioria, na internet. Traduzindo do inglês, significa, literalmente, “notícias falsas” e costumam “passear” pelo feed de notícias de redes sociais ou em mensagens de grupos. É nesses ambientes que costumam espalhar vírus, aplicar golpes e contar mentiras de diversas naturezas (com destaque para política e área da saúde – este último, inclusive, chamou a atenção do Ministério da Saúde).
Fake news fazem um estrago daqueles!
De acordo com representantes do governo, o grande perigo da disseminação de notícias falsas diz respeito à possibilidade de doenças historicamente erradicadas no Brasil voltarem a ser registradas por falta do devido cuidado da população.
Vamos a um exemplo recente: você deve ter recebido alguma mensagem ou mesmo ouvido falar que as vacinas podem trazer sequelas e que, por isso, é melhor ficar bem longe delas. Por mais “elaboradas” e cheias de supostos embasamentos científicos que tivessem essas mensagens, eram exemplos de fake news.
E só para ter ideia do estrago que fizeram, o Ministério da Saúde observou queda no índice de cobertura de alguns imunizantes oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2016, por exemplo, a cobertura da segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, não teve adesão de 23,3% do público-alvo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação, nas últimas duas décadas, preveniu mais de 30 milhões de mortes e, a cada ano, deve prevenir de dois a três milhões. Diante disso, há mesmo motivo para fugir da imunização? Há mesmo motivo para acreditar em boataria e colocar a vida em risco?
E a reflexão é sempre válida, e para qualquer tipo de notícia.
Então, o que fazer para se proteger, segundo o Ministério da Saúde?
O órgão oficial recomenda que, quando você estiver diante de notícias absolutamente sensacionalistas, procure se informar melhor junto aos órgãos oficiais e com sociedades científicas, para ter informações verdadeiras.
E, ainda que seja mais fácil acreditar naquilo do que partir para a investigação ou que o dedo “coce” de vontade de passar adiante essa notícia bombástica, não compartilhe. Isso só vai contribuir para espalhar o pânico e tornar outras pessoas ainda mais desinformadas.
A seguir, veja outras dicas do Ministério da Saúde para não cair nas fake news:
• Leia a matéria completa, não apenas o título ou a chamada: é comum que os sites “pesquem” palavras de maior impacto para colocar na chamada, pensando em aumentar o número de cliques na reportagem.
• Confira a data de publicação: algo que era verdadeiro lá em 2001 já pode ter caído por terra, especialmente na área da saúde, que é bastante dinâmica e avança com agilidade nas pesquisas científicas.
• Cheque se a URL é confiável: esse é o endereço do site e, com frequência, dá o alerta de que a fonte não é segura. Vale perder uns segundinhos e olhar aquele monte de letras e números ali no navegador para ter certeza de que está em ambiente seguro.
Pesquise a informação em outros veículos de imprensa: se a notícia é verdadeira, ela aparece em todos os veículos de confiança. Visitar o site do Ministério da Saúde também é interessante.
Aqui tem mais pistas!
Para nossa sorte, as fake news têm um padrão de linguagem que facilita o seu reconhecimento. Ligue o “desconfiômentro” quando se deparar com alguns destes sinais:
• Temas polêmicos ou de grande repercussão, como uma possível cura para o câncer;
• Solução mágica para uma doença (especialmente obesidade e câncer, que costumam ser bem populares);
• Mensagens alarmistas como: “A verdade que o Ministério da Saúde não quer que você saiba”;
• Informações teoricamente exclusivas que não encontram repercussão em veículos sérios: “Vazaram informações secretas da OMS que a mídia tenta esconder”;
• Argumentos que colocam em dúvida campanhas consagradas de saúde: “Governo distribui vacinas para espalhar doenças”;
• Supostos depoimentos de pessoas curadas por um tratamento sem qualquer comprovação científica: “O suco natural que me fez perder 20kg”;
• Informações que não citam claramente a fonte ou são creditadas a “um amigo que trabalha na Fiocruz”, por exemplo.
Compartilhe este conselho!
Especialistas da área da saúde recomendam que você sempre discuta e tire suas dúvidas com profissionais capacitados para cuidar do seu caso de forma específica. Eles são as fontes mais confiáveis para dizer o que é válido ou não.
Jamais abandone um tratamento recomendado ou deixe de tomar medicamentos indicados por conta de informações vistas em quaisquer notícias dessa natureza.
Sempre converse com seu médico: mostre para ele o que viu e pergunte se (e por que) aquilo que está sendo divulgado funciona ou não funciona. Ah, e isso não se aplica ao “Dr. Google”, está bem?
A sua saúde vale muito mais do que qualquer boato, por isso, oriente-se sempre pelo que dizem os especialistas da área da saúde!
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